Guia completo de Aromaterapia para Iniciantes

Algumas pessoas podem achar que essa onda de pessoas buscando por uma vida mais saudável é algo novo. Seja por meio de alimentos orgânicos, terapias e o uso de produtos naturais. Contudo, é muito mais antigo e amplo que isso.

Neste guia, buscamos ser o mais simples e objetivo possível. Para que iniciantes possam compreender na íntegra o que é sobre aromaterapia.

Esta arte milenar, nada mais é, que um dos muitos ramos da naturopatia que conhecemos hoje.

O que é aromaterapia

É aqui que começa o nosso guia completo de aromaterapia para iniciantes.

O uso de ervas para meios medicinais é algo com mais de cinco mil anos de registro. Flores, raízes, madeiras, seivas e plantas em geral.

Elas podem ser usadas de maneira fresca ou seca, puras ou misturadas com óleo de coco – por exemplo. Até mesmo por extrações feitas por infusões, prensa ou destilação. Isso tudo resulta nos famosos óleos essenciais. O uso destas técnicas é encontrado em muitas partes do mundo e foi passando através das gerações.

Os primeiros registros são do Vale do Indo, na região conhecida como Índia na época. Uma medicina natural era proeminente no local, conhecida como Ayurveda . Ela tinha foco no uso de plantas para tratar machucados, prevenir enfermidades e até mesmo para tratar algum tipo de tensão ou lesão no corpo.

Contudo, o termo aromaterapia, como conhecemos hoje, foi registrada em 1920 na França. Sua primeira aparição foi em um livro do químico René-Maurice de Gattefossé, com o foco em seu uso para a saúde. Assim como é usado aqui no Brasil também, pelo Sistema único de saúde (SUS).

Porém, na Áustria, uma enfermeira chamada Marguerite Maury (1895-1967), ficou conhecida como a “a mão da aromaterapia”. Isso porque ela desenvolveu óleos essenciais específicos para cada pessoa que a procura. Além disso, fundou a primeira clínica de aromaterapia em Londres.

De acordo com a Internation Federation Aromatherapistis, diz que a aromaterapia surgiu de uma outra prática muito conhecida neste meio também, a fitoterapia.

Os benefícios da aromaterapia

Bioquímicamente falando, a aromaterapia atua em uma região de nosso cérebro chamada de “sistema límbico”. Essa região possui a grande função de coordenar atividades sociais. Sendo assim, é fundamental para o desenvolvimento da espécie. Isso porque emoções e sentimentos só são possível graças a este sistema.

As principais funções do sistema límbico são:

  • Regular a produção hormonal
  • Fazer a conexão entre o sistema endócrino e nervoso.

Ou seja, o Fsistema límbico é encarregado pela fome, sede, sono, atividade sexual, temperatura corporal e todo o ciclo biológico nas pessoas. Partindo daqui, fica mais fácil entender como a aromaterapia age em nós e pode nos trazer resultados incríveis.

Nunca me esqueço do dia em que minha esposa entrou em trabalho de parto. As enfermeiras da Casa Angela (Casa de Parto Humanizado) fizeram uma massagem com óleo essencial nas costas dela em conjunto com acupuntura.

Alguns dias depois, fiquei me lembrando de todo o trabalho de parto. Quando minha esposa disse que esses dois procedimentos fizeram uma diferença considerável em um momento como aquele.

Em outras palavras, os óleos essenciais podem trazer resultados tanto na área psicológica quanto física em uma pessoa. Bem como podem complementar algum tratamento médico. Ainda mais quando usados em conjunto com outra técnica terapêutica, como parto de minha esposa.

Efeitos psicológicos

A psicoaromaterapia estuda os efeitos dos óleos essenciais quando inalados. As substâncias odoríferas contidas ali, ao serem inaladas, estimulam nossas células olfativas. Logo, desencadeia reações em nosso sistema límbico.

Nosso corpo relaciona informação afetiva à estímulos. Isso porque junta informação sensitiva-sensorial com estado psíquico. Por exemplo, quando comemos uma laranja suculenta vendo um pôr do Sol com alguém que amamos do lado. Então, recebemos a informação do sabor e textura da fruta. Logo, relacionamos essas informações com o momento que estamos vivendo.

Isto resulta em uma sensação de memória prazerosa. Isso pode fazer com que toda vez que a pessoa sinta o cheiro de uma laranja, receba um estímulo prazeroso no cérebro. Tudo isso porque aquele cheiro foi vinculado como algo gostoso.

Com os óleos essenciais não é diferente. Os odores (substâncias odoríferas) que ao entram em contato com as glândulas olfativas, geram uma resposta no sistema endócrino. Por sua vez, faz uma liberação de hormônios específicos. Dentre os benefícios, podemos citar:

  • Indução ao relaxamento
  • Alivia os sintomas do stress, insônia, ansiedade e depressão
  • Ameniza dores musculares
  • Estimula as defesas do corpo
  • Auxilia em tratamentos respiratórios, como a asma
  • Ajuda com dores durante o parto e na menopausa
  • Reduz as dores abdominais inferiores durante a menstruação

Mas, não fica só nisso não! Os efeitos dos óleos também agem no físico, chegando a penetrar cem vezes mais na pele do que a água e dissolvendo nos lipídios do organismo. Além disso, possuem propriedades anti-bactericidas, antivirais e antifúngicas. A partir de óleos essenciais, são feitos alguns remédios. Por exemplo os que possuem cânfora e mentol na composição.

Como é feita a aromaterapia

Os óleos essenciais são muito fortes. Devido a isso, são raras as vezes em que um terapeuta recomenda a aplicação de fórmula pura na pele. Dependendo do óleo e da pessoa, pode gerar uma reação alérgica. Ou seja, resultando em coceira, vermelhidão e fotossensibilidade no local.

Na maioria dos casos, o óleo essencial é misturado a um “veículo”. Pode ser óleo de coco, uva e amêndoas doce. Quando misturado com alguns desses “óleos veículos”, fazemos uma massagem em um local ou em todo o corpo.

Podendo ser uma massagem relaxante ou com o propósito de aliviar alguma tensão no corpo.

Diluir para passar na pele é sempre o mais seguro, podemos acrescentar em alguma loção ou creme hidratante.

O óleo também pode ser misturado com água, borrifado no ambiente, usado em banho aromático ou até mesmo para inalação. É extremamente importante consultar um profissional. Isso porque como dito, os óleos são muito fortes e podem fazer mal só de tocar a pele.

Imagina colocar umas gotas a mais em seu inalador e aquilo entrar em seu pulmão? Portanto, é crucial para sua saúde conversar com um profissional acerca de sua situação.

Há profissionais ainda que indicam o uso dos óleos essenciais para se fazer bochechos, ingerir com água ou em sua forma pura em algum ponto específico do corpo. No quesito de ingerir com água, existe uma certa divergência entre os terapeutas. Dessa forma, é sempre bom fazer um teste de alergia antes.

Enfim, a aromaterapia tem efeitos comprovados pela ciência. Tanto no aspecto físico quanto psicológico. Pode ser usada juntamente a alguma outra terapia ou para auxiliar em algum tratamento médico.

Lembre-se de entrar em contato com um profissional da área, pois mesmo que os óleos essenciais tenham efeitos positivos, podem trazer resultados indesejados quando utilizados de maneira errada.