O filme Avatar, lançado em 2009, trouxe aos telespectadores uma nova maneira de dizer eu te amo.
I see you, em português: eu vejo você, era a frase pela qual os personagens do filme manifestavam seu amor.
Mas, ao contrário do que se pensa, o profundo significado de eu vejo você já era conhecido de alguns povos antes mesmo do surgimento do filme.
Na África do Sul, por exemplo, mais especificamente nas tribos de Natal, a expressão Sawubona representa aquele olhar mais atento para o interior das pessoas.
Ver o outro, portanto, significa enxergá-lo da maneira mais profunda possível.
Note que eu vejo você é diferente de eu olho para você.
Logo, ver não é o mesmo que enxergar e quem nos confirma isso é o compositor Orlando Morais.
Na década de 90, Morais, lançava seu sucesso Cruzando Raios, um dos versos da música trazia a pergunta “por que você me olha, se você não me vê?”
Orlando trazia ao Brasil no fim do milênio o que Cameron difundiu para o mundo no século XXI: ver alguém é entrar em contato com a sua mais pura essência.
Por isso, ao dizer para uma outra pessoa “eu vejo você” estamos reafirmando nosso amor.
Afinal, apenas sob a perspectiva do amor somos capazes de ver outras pessoas além de suas aparências.
É claro que para isso precisamos de uma boa dose de empatia e sensibilidade.
Porém, é exatamente o oposto desses sentimentos que o mundo nos cobra, a sociedade grita o individualismo a cada “rolagem de feed.”
Diante dessa grosseria cobrança, como podemos ver nossos semelhantes?
Pensando em uma reflexão sobre o assunto proponho um bate-papo sobre como agir para tornar real o significado de “eu vejo você”.
Será que eu realmente vejo você?
Sabemos da necessidade de reforçarmos a cada dia nossos laços afetivos, e para que isso ocorra precisamos estabelecer um contato sincero e real com aqueles que nos rodeiam.
Mas, como é possível fazer isso se em muitos momentos somos incapazes de ver?!
O escritor português, José Saramago, em seu livro Ensaio sobre a Cegueira, declarou:
“Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, cegos que veem, cegos que, vendo, não veem.”
Não seria exatamente essa nossa situação?
Somos perfeitamente capazes de olhar e enxergar as mais diversas situações, mas somos incapazes de perceber o que não aponta na superfície.
Quantas vezes somos frustrados por não termos nossas necessidades reconhecidas, o contrário também acontece, também frustramos as pessoas que amamos por negligenciar ou não reconhecer suas urgências.
6 passos para a empatia
Ao falarmos sobre o significado da frase de poder “eu vejo você”, também mencionamos que o sentido da sentença está relacionado ao sentimento de empatia, em outras palavras, uma pessoa que só pensa em si mesma jamais enxergará o próximo.
Contudo, se esse não for seu caso, continue comigo e preste atenção aos 6 passos que te ajudarão a ver melhor as necessidades daqueles que estão em sua vida.
1. Escuta atenta: encontrar bons ouvintes nos dias atuais tem se revelado uma árdua tarefa, pouquíssimas pessoas estão dispostas a ouvir com atenção aqueles que as procuram, portanto, faça o oposto e abra seu coração e ouvidos para o desabafo daqueles que você ama.
2. Demonstração de afeto: demonstrar seu afeto é uma das melhores formas de dizer que se importa com alguém, falar que você “vê” a pessoa que ama não basta, é preciso mostrar através de suas atitudes.
3. O cuidado: cuidar do outro, acolher suas carências, respeitar as diferenças entre vocês é a maior prova de amor que podemos dar, por isso, pratique-o.
4. Sem julgamentos: como é bom estar em um ambiente onde se é acolhido sem julgamentos, nos sentimos mais seguros e aceitos, compreender que as divergências e diferenças entre as pessoas não precisam ser transformadas em abismos é um grande avanço rumo à empatia.
5. Não se deixe levar pelas aparências: o mundo atual está sempre preocupado com nosso status social, quem somos de fato não interesse para um universo de aparências, portanto, seja o oposto, não se impressione com o exterior, foque na essência.
6. Terapias holísticas: é preciso se enxergar primeiro antes de ver o outro, para isso, as terapias holísticas se apresentam como uma grande solução para o autoconhecimento, afinal, sem ele não podemos aceitar a nós mesmos, tampouco aos outros.
Constelação familiar: a terapia holística para um caldeirão diverso de personalidades
Ao dizermos “eu vejo você” estamos afirmando que podemos aceitar as qualidades e defeitos daqueles que nos acompanham em nossa trajetória de vida.
Portanto, aqueles que estão à nossa volta sentirão o quanto são importantes e valorizados.
Calma, vamos por partes.
Sabemos que o seio de uma família é recheado de diversidade, ali há um caldeirão de personalidades lutando para tornar o ambiente familiar um lugar de acolhimento.
Contudo, às vezes, não importa o quanto nos esforcemos, é simplesmente complicadíssimo fazer as coisas funcionarem.
E para ajudar esse universo tão particular que é a família surge a constelação familiar.
A constelação familiar é uma terapia holística que trabalha para garantir o bem-estar de cada integrante da família que busca ajuda.
O terapeuta holístico, na constelação familiar, considerará cada membro um ser humano único, cuja integralidade será observada e considerada.
A família, portanto, passa a ser “vista” e acompanhada de perto por um profissional especializado.
Na perspectiva dessa prática, a frase de poder “eu vejo você” se faz presente em cada sessão.
A escuta é estimulada e ampliada.
O objetivo maior, portanto, segue bem definido: olhar para o outro sem pré-julgamentos e considerando sua posição naquela dinâmica.
Agora é sua vez, se tem interesse em colocar em ação a prática de amor que consiste na afirmação “eu vejo você”, não espere mais e entre em contato com nossa equipe, mostre àqueles que você ama que é capaz de reconhecer cada identidade mais profunda.