Desvende os dilemas da insônia nossa de cada dia!

As consequências da insônia, de uma noite mal dormida são conhecidas de muita gente. O dia parece não render, ter foco e disposição se tornam missões bem difíceis. Afeta o humor e a memória, traz irritabilidade, interfere na motivação. Pior ainda se a situação começa a se estender por mais dias. 

A insônia, como rotina, é sinal de que algo não anda bem com a nossa saúde, podendo ter causas tanto físicas como emocionais. O distúrbio pode ter graves consequências e cada vez mais tem sido associado ao aumento do risco de morte, doença cardiovascular, depressão, diabetes, obesidade, hipertensão e ansiedade, entre outras doenças associadas. 

Nos casos crônicos, a insônia pode provocar acidentes automobilísticos, domésticos e no trabalho. Ou seja, as noites “em claro”, sobretudo quando acontecem de forma frequente, precisam de tratamento.

E, quanto antes procurar por isso, melhor! Menos chance de o distúrbio se tornar crônico (veja como classificar a insônia como crônica ou de curta duração no fim deste artigo)

O que pode causar insônia?

Preocupações constantes podem agravar o quadro de insônia e não é pouco. Nossos tempos atuais não estão sendo nada amigáveis com as nossas noites. Segundo dados divulgados no Congresso do Sono, realizado em São Paulo em dezembro de 2021, a qualidade do sono dos brasileiros piorou muito durante a pandemia. 

A pesquisa revelou que “a dificuldade para dormir afeta cerca de 66,8% da população. Além disso, 59,4% das pessoas acordam mais de uma vez durante a noite. Esses percentuais são muito acima da média mundial, que é de 45%”.

Entre os motivos para não se dormir bem durante a pandemia estavam “a preocupação com a própria saúde e com a saúde dos familiares”, ainda de acordo com o estudo. Mesmo com a vacinação avançando e os números de mortes diminuindo, as consequências em torno da crise sanitária ainda persistem e devem avançar por muito tempo, tais como o desemprego, a situação econômica e política do país. 

Sem contar outros desafios da humanidade, como a guerra na Ucrânia. Mesmo acontecendo do outro lado do mundo, essas situações revelam cada vez mais como somos interdependentes, sobretudo em uma sociedade globalizada. E os relatos de insônia continuam frequentes. 

Para muitos, infelizmente, tomar remédio “controlado” tem sido a solução para driblar o problema. E talvez possa parecer a alternativa mais rápida, o que agrada a sociedade imediatista que vivemos. No entanto, esta pode não ser a solução mais eficaz. Até mesmo quando receitam remédios, os médicos sugerem que o tratamento seja complementado por outras terapias e pela inclusão de hábitos mais saudáveis na rotina.

Terapias complementares, integrativas e holísticas têm demonstrado resultado significativo no tratamento das questões associadas à insônia, de uma maneira natural e sem efeitos colaterais.

Afinal, insônia é um sintoma secundário, assim como a febre ou uma alergia na pele. Portanto, não basta tratar o sintoma sem buscar a causa. Com os casos de saúde mental crescendo de forma vertiginosa não tem como o sono não ser afetado.

O que fazer para acabar com a insônia?

Do ponto de vista emocional, muito se pode fazer antes de partir para uma solução farmacológica para tratar a insônia, ou melhor, para tratar o que está causando as noites mal dormidas.

Mudar a forma como encaramos os desafios do dia a dia. Lidar melhor com as preocupações, com o estresse e a ansiedade. Dizer basta no trabalho, nos afazeres domésticos. Aprender a dizer não. Conseguir relaxar, ter mais lazer.

“Está bem”, você pode dizer. “Falar é fácil”! Mas como colocar essas mudanças de atitude em prática em uma rotina tão atribulada? Uma boa aposta pode ser a Terapia Comportamental.

Trata-se de uma abordagem da psicologia que se dedica a criar novos padrões de respostas comportamentais frente aos estímulos do ambiente.

Além de ajudar a lidar com os fatos cotidianos, a Terapia Comportamental contribui para a higiene do sono, um conjunto de medidas para a mudança de hábitos em prol de boas noites de sono, tais como: não tomar café e outras bebidas estimulantes (alcoólicas, energéticos, refrigerante a base de cafeína) pelo menos seis horas antes de dormir. 

A abordagem também faz uso de técnicas para modificar reações fisiológicas, como os sintomas da ansiedade, por meio de exercícios de relaxamento muscular e de respiração. 

Lavanda acalma e traz sensação de bem-estar

Outra técnica que pode ser associada à terapia comportamental, potencializando-a, é a Aromaterapia. Quem já pingou umas gotinhas de lavanda no travesseiro sabe muito bem o efeito desta planta, em proporcionar calma e bem-estar. O mesmo vale para os óleos essenciais de Camomila, Bergamota (ou tangerina) e Ylang Ylang. 

A aromaterapia é uma prática milenar e parte da fitoterapia, do estudo de plantas medicinais para o tratamento de doenças. A vantagem dessa terapia é a capacidade calmante por meio da inalação, sem a necessidade de ingestão de remédios.

No Espaço Anyma, é possível encontrar profissionais que atuam nestas áreas, além de outras técnicas que podem contribuir para restabelecer as noites de sono, como Hipnoterapia, Reprogramação Neurolinguística, Reiki, Florais de Bach, Cristaloterapia, entre outras. 

Quais são os tipos de insônia? Em que estágio você está?

A insônia pode ser classificada como crônica ou de curta duração, segundo a ICSD-3 (International Classification of Sleep Disorders ou, traduzido para o português, Classificação Internacional dos Transtornos do Sono). 

Para saber qual o estágio da sua insônia, responda às perguntas com “sim” ou “não”.

  • Você tem dificuldade para iniciar o sono?
  • Tem dificuldade para mantê-lo? 
  • Acorda mais cedo do que o desejado? 
  • Resiste para deitar-se em um horário razoável? 
  • Tem dificuldade para dormir sem um parente ou um cuidador?

Se você respondeu “sim” para uma ou mais dessas perguntas, e se essas situações acontecem ao menos três vezes por semana, melhor ligar o alerta. Trata-se de um caso que pode ser classificado como insônia crônica. Isto se esses transtornos estiverem acontecendo há três meses, no mínimo. 

No caso de serem menos frequentes do que três meses, o distúrbio recebe a classificação de insônia de curta duração, também de acordo com o ICSD-3.

Por fim, sendo crônica ou de curta duração, assim como qualquer distúrbio ou doença, quanto antes for tratado mais chance de se livrar dessa ameaça à saúde e à qualidade de vida.