Meditação Integrativa: qualidade de vida!

No mundo agitado em que vivemos, a meditação tem sido cada vez mais buscada como forma de encontrar paz em meio ao caos. A Meditação Integrativa pode ser entendida como uma derivação – ou melhor, uma ampliação – dessa prática milenar. 

O que é a Meditação? E meditação integrativa?

Apesar de ter sido, por muito tempo, associada às práticas religiosas, a meditação é uma prática milenar que pode ou não estar associada à vida espiritual ou religiosa. Porém, os diversos efeitos que a meditação tem sobre o corpo são reconhecidos pela ciência.

Sabe-se, atualmente, que meditar ativa várias regiões do cérebro, as quais são responsáveis por diferentes funções – como a aprendizagem, a regulação do sangue, às habilidades de raciocínio, e a sentimentos como autoconsciência, empatia e compaixão.

terapia vibracional

A meditação apresenta resultados para melhorar a depressão, diminuir a ansiedade, melhorar o sono e controlar a dor. Além disso, quando praticada com regularidade, atua sobre a plasticidade cerebral: estudos e testes neuropsicológicos mostram que ao longo do tempo aumentam a capacidade de atenção e de raciocínios de alto nível.

Como as práticas meditativas foram desenvolvidas por diferentes culturas ao longo de milênios, existem muitas vertentes, que podem ser passivas ou ativas – transcendental, guiada, mindfulness, vipassana, tântrica, yoga, qi gong são apenas alguns exemplos. 

Ainda que existam diversas crenças e teorias por trás dessas diferentes práticas, todas elas têm como objetivo principal conectar corpo e mente, treinando a atenção focada para alcançar o estado de paz interior. Para isso, a meditação integrativa valoriza a conexão com o sagrado e numinoso (aquele sentimento humano de conexão com algo maior).

Conceito de Meditação Integrativa

A meditação integrativa é uma técnica de meditação bio-psico-espiritual criada na cidade de São Carlos (SP), no início dos anos 2000. Ela não é uma simples técnica de relaxamento mental, que visa combater o estresse ou manter o foco – como se popularizou a meditação atualmente -, apesar de também não ser uma atividade necessariamente religiosa.

Essa modalidade é chamada de “bioenergética” porque favorece a movimentação energética pelo corpo físico, levando o participante a salivar, bocejar, sentir arrepios, entre outros sintomas próprios das práticas de manipulação bioenergética.

Ela é realizada através de induções espiritualistas, o que nada tem a ver com uma religião. Essa técnica se embasa em temas espiritualistas de cunho universal – perdão, amor, paz interior, equanimidade, entre outros. 

Para isso, a meditação integrativa procura respeitar o universo simbólico do participante, o que significa que as induções (sugestões e frases-guia que são emitidas pelo profissional, facilitador da prática) devem ser adaptadas ao perfil de quem participa da vivência.

A prática de Meditação Integrativa: como fazer?

A prática de meditação integrativa visa a auxiliar no processo de (re)envolvimento do praticamente com sua comunidade e entorno ambiental. E também com seu corpo físico e com sua alma/espírito. As induções devem partir de valores ou significados simbólicos compartilhados pelas pessoas que estão participando.

De acordo com as crenças de cada um, o profissional pode ou não utilizar elementos de uma experiência religiosa ou espiritualista em uma prática de meditação integrativa. Mas, independentemente disso, as induções feitas devem favorecer o processo de mudança interior do praticante.

Meditação integrativa

A teoria por trás da Meditação Integrativa

A meditação integrativa tem como objetivo final a integração entre o Ego e o Self. O Ego pode ser entendido como a consciência humanizada da personalidade, chamada de Eu inferior ou Eu exterior; enquanto o Self se trata da consciência humanizada da individualidade, também conhecida como Eu superior ou Eu interior. 

Neste processo de conexão entre o Ego e o Self, os atributos do Espírito podem ser despertados, sendo eles o amor, a felicidade, a paz interior e muitos outros. Essa mudança de percepção contribui para que a pessoa se torne mais resiliente, além de superar o medo da morte e vivenciar, com uma consciência espiritual, sua experiência humanizada.

Neste sentido, a teoria que embase a meditação integrativa tem uma visão única sobre as “esferas” da existência:

  • Biosfera: corresponde ao plano da vida material onde vibra nosso corpo físico e acontecem as relações com a natureza e com o mundo circundante, intermediado pela corporeidade. A Biosfera seria o ambiente da vida encarnada. A Biosfera é uma “ordem explícita”, que deriva de uma ordem “implícita”: a Psicosfera.
  • Psicosfera: plano onde vibram as energias psíquicas e acontecem as trocas energéticas intersubjetivas de ordem emocional e mental. 

Carl Jung, fundador da Psicologia Analítica, afirma que as energias psíquicas não podem ser quantificadas, apenas sentidas em sua intensidade e qualificadas. Sendo assim, a Psicosfera envolveria o corpo físico, mas também impregnaria as formas, os objetos materiais e a natureza. 

Gatilhos de ansiedade

Dessa forma, se a Biosfera é o ambiente, a Psicosfera corresponde a ambiência que nos envolve com suas energias “positivas” ou “negativas”. O ego, a “consciência humanizada da personalidade” e que atua no estado de vigília, vibra nessa dimensão, incluindo também o que se costuma chamar de “inconsciente pessoal” e de “subconsciente”.

  • Noosfera: a dimensão onde vibram as energias chamadas de noéticas, que compõem as imagens arquetípicas, captadas, na maioria das vezes, de forma intuitiva ou em estados ampliados de consciência.

Neste nível, encontra-se o Self, ou a “consciência humanizada da individualidade”. Poderíamos também chamar a Noosfera como a dimensão da alma humanizada, que deriva de uma “ordem implícita” fundamental: a dimensão espiritual que é chamada de Logosfera, no sentido de “fundamento”, “princípio com Deus”.

  • Logosfera – Seria o plano “espiritual” propriamente dito, onde vibram as energias do amor, da felicidade/entusiasmo, da paz interior, entre outras, e que formariam os atributos do Espírito. Este plano é o que as religiões chamariam, por exemplo, de nirvana (budismo) ou reino de Deus (cristianismo). 

Essas quatro dimensões podem ser vivenciadas experimentalmente através de diferentes práticas, sobretudo, as meditativas.  Enquanto o Ocidente valoriza o ego e o Oriente valoriza o Self, a prática da meditação integrativa é integrar essas duas dimensões da consciência humanizada.

De uma forma figurada, é como se existisse uma grande barragem isolando o ego do Self e as energias mais profundas ficaram represadas aguardando o momento em que as “comportas” seriam abertas para que tal energia pudesse banhar as dimensões abaixo, renovando-as. Essa mesma imagem pode ser usada para explicar porque é necessário integrar o ego ao Self 

O que diferencia a Meditação Integrativa dos outros tipos?

A meditação integrativa se diferencia de outras propostas por ser eminentemente espiritualista. Ela não é voltada para combater o estresse ou fazer com que o participante consiga manter o foco em seu objetivo, seja o de ganhar uma medalha em uma competição ou ser o melhor vendedor da loja onde trabalha.

O foco desta meditação é o autoconhecimento: a compreensão de ser um Espírito eterno vivenciando uma experiência humanizada e que, dentro de cada um, já se encontra a paz, o amor, a felicidade e outros sentimentos que a maioria dos espíritos humanizados e encarnados busca fora de si, no outro ou no mundo material. 

Além disso, a meditação integrativa também visa a ampliação de consciência em relação ao que compreendemos como morte, para entendê-la não como o fim da vida, mas como um desligamento de uma das múltiplas dimensões existenciais em que se processa a vida.

Se você tem interesse em terapias holísticas, como a meditação integrativa, convido você a conhecer nossas terapias e terapeutas que certamente saberão acolher e direcionar de forma assertiva.

Um grande abraço e até a próxima!