Você sabe qual a diferença entre neurolinguística e PNL? 

Antes de começarmos a falar a respeito da diferença entre neurolinguística e PNL é necessário compreendermos a definição desses dois termos.

Neurolinguística, no âmbito científico, é: “o estudo neurológico voltado para os distúrbios da fala e da linguagem”. Em outras palavras, a neurolinguística abrange a relação entre aspectos cognitivos e psicológicos.

Por sua vez, a PNL ou programação neurolinguística é o estudo da relação triangular entre âmbito neurológico, linguagem e padrão de comportamento.

Percebemos o mundo à nossa volta por meio de processos neurológicos tão complexos que não somos capazes de notar todas as conexões realizadas por nosso cérebro até chegar à compreensão.

As informações que internalizamos passam em um primeiro momento pelo filtro dos 5 sentidos:

  • Visão;
  • Tato;
  • Paladar;
  • Olfato;
  • Audição.

O modo como enxergamos o mundo e como agimos sobre ele seguiria, portanto, algum padrão? Será que seríamos capazes de alterá-lo? E assim mudar a maneira como reagimos a tudo o que chega até nós? O que dizem a PNL e a neurolinguística a respeito dessas questões?


Compreendendo qual a diferença entre neurolinguística e PNL

Há algum tempo, os conceitos de neurolinguística e PNL são associados de tal maneira que distinguir um do outro tornou-se uma tarefa complexa. É necessário uma breve retrospectiva histórica para compreendermos. Isso porque se trata de um caso onde há duas áreas do conhecimento difíceis de dissociar.

O primeiro ponto observado que se nota quanto à diferença entre neurolinguística e PNL é o TEMPORAL. O surgimento da neurolinguística é datado do século XIX, já a PNL aparece no cenário mundial a partir da década de 60.

O sucesso das propostas da PNL foi tamanho que a neurolinguística acabou sendo incorporada ao vasto território daquela. Em outras palavras, passou-se a reduzir a programação neurolinguística a um único termo: neurolinguística.

Quando se usa o prefixo neuro para qualquer léxico sabemos que o conceito que trará a palavra em questão tratará das funções ou áreas cerebrais.

E por falar em áreas cerebrais não podemos deixar de mencionar dois importantes estudiosos que se debruçaram em pesquisas para compreender melhor o funcionamento do cérebro humano. Trata-se do francês Paul Broca e do alemão Carl Wernicke.

Wernicke e Broca foram responsáveis por descobertas significativas associadas à maneira como funciona nosso cérebro durante o processo que gerará linguagem. As pesquisas de Carl e Paul foram tão importantes que as áreas cerebrais descobertas por ambos receberam seus sobrenomes.

A importância de Broca e Wernicke para conceituar a diferença entre neurolinguística e PNL

Embora atualmente não haja aparente diferença entre neurolinguística e PNL, os estudos de Broca e Wernicke são fundamentais para compreendermos. Nele, incluem a expansão das definições entre cérebro e linguagem.

Como dito anteriormente, os sobrenomes Broca e Wernicke são usados também para nomear “setores cerebrais”.

A região de Broca é área:

  • localizada no hemisfério cerebral esquerdo, no lobo pré-frontal;
  • responsável pela elaboração da fala;
  • extremamente delicada, por isso, lesões nessa localidade não privam o indivíduo da fala, contudo, impossibilitam a pessoa lesionada de pronunciar expressões isoladas ou palavras completas, enunciados simples e corriqueiros são tarefas impossíveis quando há algum tipo de lesão nessa localidade;
  • onde, acredita-se que esteja a coordenação da língua e das cordas vocais.

Já a região de Wernicke:

  • embora também esteja localizada no hemisfério cerebral esquerdo é a área responsável pela compreensão da linguagem.

A descoberta das regiões de Broca e Wernicke, aqui apresentadas de maneira simplificada, foram fundamentais para o avanço científico na perspectiva dos estudos do comportamento humano.

Comportamento humano e a linguagem

Nossa linguagem é produzida no que podemos nomear de “áreas neurológicas”. No interior dessas áreas que nasce a comunicação.

Importante portanto, fazermos a distinção entre linguagem e comunicação neurológica. Enquanto a linguagem é o método pelo qual é organizada nossa comunicação, a comunicação neurológica é nosso sistema nervoso emitindo sinais (ou impulsos nervosos) para que nosso organismo execute determinadas tarefas.

Uma pessoa que sofre lesões, por exemplo, no hemisfério cerebral esquerdo, no lobo pré-frontal, consegue organizar mentalmente sua comunicação. Contudo, não consegue produzir comunicação, pois suas estruturas neurológicas não respondem adequadamente.

Em contrapartida, quando uma pessoa apresenta lesões na área de Wernicke, ela apresenta capacidade de decodificação. Mas, o código decodificado não representa nada a ela, é como se a pessoa fosse capaz de ler, mas não pudesse compreender o significado de sua leitura.

Afinal, é possível saber qual a diferença entre neurolinguística e PNL?

Neurolinguística e PNL, assim como linguagem e comunicação neurológica, são co-dependentes. Por isso, sua diferença pode não se apresentar explicitamente.

A neurolinguística se ocupa do mecanismo orgânico e fisiológico. A PNL se concentra na maneira como esse mecanismo orgânico e fisiológico organiza a parte abstrata. Ou seja, nossa mente.

Para a PNL, tudo que observamos e aprendemos do mundo tem origem em nossos cinco sentidos. Seriam: tato, olfato, paladar, visão e audição. São os responsáveis pela programação das informações em nossa mente.

Todas as emoções, sejam boas ou ruins, são afetadas por esses mesmos sentidos.

Por exemplo, o indivíduo com ansiedade costuma apresentar sintomas como: sudorese nas mãos, palpitações, falta de ar, vertigem e tantos outros. Isso porque seu estado emocional refletiu-se em sensações físicas.

As emoções, são, portanto, um compilado de reações físicas.

A PNL busca compreender qual o padrão sistematizado por nossa mente para a organização de nossos pensamentos – ações e reações. A partir desse entendimento, a proposta dessa área do conhecimento visa ajudar o paciente a alterar esse mesmo padrão. Ou em linguagem científica: programação.

Ao longo de nossa vida acabamos por sistematizar comportamentos que nem sempre nos fazem bem. Fazemos isso não por escolha própria mas porque de alguma forma nossa mente. Por meio dos nossos cinco sentidos absorveu aquela experiência daquela forma única.

Tendo em vista o funcionamento da mente humana, a proposta da programação neurolinguística é voltada para a busca de acesso ao obscuro território do inconsciente. Tudo para a identificação desses padrões negativos.

A neurolinguística se ocupa do palpável, orgânico e fisiológico. A PNL se volta para o não visível. Buscando o desenvolvimento da comunicação entre mente e consciente.

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