Tarô: As cartas para o Autoconhecimento na Taroterapia

O Tarô é uma ferramenta antiga, que até há pouco tempo, era usada somente com propósito divinatório. A ideia era suprir as necessidades de uma sociedade. Tal qual ainda não fazia ideia dos poderes escondidos em seu subconsciente e de sua capacidade de co-criar seu futuro.

O que interessava mais era saber o que ia acontecer no dia seguinte do que escolher seus caminhos.

Nos últimos anos, muitas vertentes da psicologia, da espiritualidade e da física quântica têm falado sobre a habilidade que todos temos de criar nossa própria realidade.

Além disso, falam sobre a importância da individualidade de cada pessoa e dos benefícios que estão por trás do autoconhecimento e da auto-responsabilidade.

Nesse contexto, o Tarô está entre as inúmeras ferramentas de desenvolvimento pessoal, utilizado de maneira terapêutica, bem diferente da leitura de cartas convencional. Chamamos de Taroterapia, veja mais:

Tarô e os arquétipos Junguianos

A Taroterapia é baseada nos conceitos de inconsciente coletivo e arquétipos, propostos por Carl Jung – o criador da psicologia analítica.

Através de seus estudos, Jung descobriu que o Tarô podia ser usado de forma terapêutica com seus pacientes. Portanto, como aliado do processo convencional.

A partir desses estudos e de publicações de outros pesquisadores sobre o assunto, essa nova visão começou a ser aplicada por tarólogos ao redor do mundo.

Como diz Sallie Nichols em seu livro Jung e o Tarô, uma jornada arquetípica:

“uma viagem pelas cartas do Tarô, primeiro que tudo, é uma viagem às nossas próprias profundezas. O que quer que encontremos ao longo do caminho é um aspecto do nosso mais profundo e elevado eu”.

As cartas de Tarô são símbolos. Símbolos, segundo Jung, representam algo que não pode ser representado de nenhuma outra forma. Ou seja, seu significado transcende e inclui aparentes opostos.

O que acontece é que projetamos inconscientemente, nas cartas de tarô, tendências, características, deficiências e potencialidades que, na verdade, são nossas.

“Não obstante, tais projeções são instrumentos úteis à conquista do Autoconhecimento” – dia Nichols – “Contemplando as imagens que atiramos na realidade exterior, como reflexos de espelho da realidade interior, chegamos a conhecer-nos”.

Como acontece a Taroterapia

Através da interpretação dos arquétipos presentes numa leitura de Tarô, é possível identificar padrões conscientes e inconscientes. Eles que ajudam no processo de Autoconhecimento, despertam o poder subjacente, ajudam a criar a realidade desejada e a descobrir a individualidade e o papel no mundo.

Os decks de tarô utilizados são os mesmos, mas a maior diferença entre a leitura convencional e terapêutica é a estrutura do atendimento e a intenção do tarólogo ao fazer a abertura das cartas.

A Taroterapia utiliza a leitura arquetípica das cartas como forma de aconselhamento. Assim, ao focar no momento presente e em maneiras de melhorar a situação atual, traz consciência.

Isso para o que pode ser ajustado e trabalhado, dando poder de escolha para que a pessoa consiga escolher seus caminhos e atitudes sem ser vítima do destino.

O foco não é no futuro, mas em quem se é

O atendimento terapêutico, entretanto, tem uma estrutura específica. Para que ocorra uma leitura aprofundada de crenças, padrões limitantes e posturas desejáveis e indesejáveis. Tornando-se ideal para quem quer ter mais clareza mental, direcionamento e fluidez na vida.

Igualmente indicada para quem está passando por alguma situação desafiadora ou para quem está disposto a sair da zona de conforto. De repente, se dedicar ao desenvolvimento pessoal de forma constante.

A frequência dos atendimentos na Taroterapia depende da necessidade e disposição de cada pessoa. Podem ser feitos de forma pontual para tratar de alguma situação específica, ou incluir acompanhamento semanal, quinzenal ou mensal, a fim de rastrear o progresso.

O fato de ser uma abordagem terapêutica não quer dizer que o profissional é formado em psicologia ou psicanálise.

Então, é bom deixar claro que a Taroterapia não é indicada como substituta das terapias convencionais e vai depender sempre das necessidades e preferências de cada pessoa.

Enquanto a Taroterapia trata as questões de forma mais direta e rápida, a terapia convencional utiliza métodos diferentes que demoram mais tempo, mas que são importantes em muitos casos.

Luiza Skorupa, especialista em tratamento de Transtornos Alimentares, utiliza a Taroterapia na abordagem integrativa de Terapias convencionais e complementares para trabalhar com as energias que levam ao desequilíbrio – @luiza.skorupa.