Transtorno disfórico pré-menstrual – o que é, causas e tratamento 

Neste artigo você saberá:

  • O que é transtorno disfórico pré-menstrual
  • Quais os sintomas da TDPM
  • Qual a diferença entre TPM e TDPM
  • Tratamentos para melhorar a qualidade de vida 

Se você é mulher sabe como não é fácil sangrar uma vez por mês ao longo de toda nossa vida. Quando o período que antecede esse sangramento ainda vem acompanhado do transtorno disfórico pré-menstrual então, minha amiga, o bicho pega!

Antes da menstruação sentimos de tudo, T U D O mesmo, dores pelo corpo, dificuldade de concentração, irritabilidade, e tantos outros sintomas que nos tornam verdadeiras bombas-relógio.

Pois é, só nós sabemos como passar por esse período pode ser desafiador, por isso, que nosso tema de hoje é voltado para esse “desafio feminino”

Afinal, precisamos de autoconhecimento para compreendermos que nossos sintomas não são nem de longe “frescuras” ou “moleza”. Eles são indicadores que revelam muito sobre nosso organismo. 

Então, fique atenta, pois ao longo de nosso texto falaremos sobre o que é o transtorno disfórico pré-menstrual e quais são seus sintomas. 

Em primeiro lugar precisamos entender as siglas: TDPM. Ao contrário da TPM, que é classificada como síndrome, a TDPM é posta pela literatura médica no quadro dos transtornos. 

Certo, mas a diferença entre síndrome e transtorno está apenas nos nomes? De maneira nenhuma. 

Acontece que embora ambas estejam relacionadas aos distúrbios que aparecem antes do período menstrual, a TDPM se apresenta em um formato mais severo, em outras palavras, no transtorno disfórico pré-menstrual os sintomas são intensificados. 

Não foi à toa que reservamos um único artigo para o tema, sabemos que muitas mulheres sofrem com a disforia menstrual sem compreender o próprio corpo. 

Portanto, muita calma nessa hora, estamos aqui para um bate-papo sobre a saúde da mulher!

Os causadores do transtorno disfórico pré-menstrual 

“Isso é hormônio”, se há uma mulher entre nós que nunca ouviu essa frase depois de uma crise nervosa que atire a primeira pedra, e embora às vezes essa frase nos deixe ainda mais irritada ela tem um fundo de verdade. 

Durante nosso ciclo menstrual, nossos hormônios ficam “enlouquecidos” e oscilam o tempo inteiro, essa oscilação acaba afetando nossos neurotransmissores responsáveis por regular nosso humor, por exemplo. 

Nossa serotonina que o diga! 

Agora você conseguiu entender o porquê ficamos tão irritadas e sensíveis? 

É uma questão química, então, NÃO, você não está fazendo corpo mole tampouco está ficando LOUCA, são realmente, apenas seus hormônios que estão desregulados. 

Agora imagine tudo isso em uma escala MUITO maior, pois bem, mulheres que sofrem com o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) ou com a síndrome pré-menstrual (TPM) são mais sensíveis a esses hormônios. 

A causa? Embora não tenham chegado a uma conclusão, os cientistas afirmam que questões genéticas são fatores que contribuem para o quadro. 

Segundo dados médicos, de 75 a 80% da população feminina sofre de TPM enquanto a TDPM afeta de 3 a 8% do público feminino. 

Como já sabemos o que é o transtorno disfórico pré-menstrual está na hora de conhecermos seus sintomas. 

Na TDPM pelo menos um dos aspectos citados abaixo aparece com frequência: 

  • alterações severas de humor;
  • irritabilidade;
  • crises nervosas ou de choro; 
  • ansiedade exacerbada;
  • pensamentos autodepreciativos;
  • cansaço;
  • dores de cabeça;

Já na TPM, podemos observar:

  • inchaço e dores nos seios;
  • dor nas articulações;
  • cólicas;
  • fadiga;
  • ganho de peso;
  • distúrbios do sono;
  • falta de concentração; 
  • irritabilidade;
  • ansiedade

E então, já notou alguns desses sinais em seu organismo? Em caso afirmativo avalie se não está na hora de buscar o auxílio de um médico, às vezes seu caso requeira o uso de medicação, portanto, não se negligencie. 

Os possíveis tratamentos 

Se você está se perguntando se é possível aliviar os sintomas do transtorno disfórico pré-menstrual, a resposta é sim, portanto, não se desespere, ainda há solução.

A disforia menstrual pode ser combatida apenas com algumas mudanças de hábitos

  • Que tal começar investindo em uma alimentação balanceada? Controle o açúcar, as gorduras, opte por alimentos que fortalecem sua imunidade. 
  • Pratique exercícios: já está mais do que comprovado os benefícios do exercício físico para nosso corpo e mente, então, está esperando o que para começar?
  • E por falar em mente: sua saúde mental também precisa de cuidados, encarar a TPM pode ficar mais fácil se sua mente estiver sã. O que acha de começar a investir em meditação? A técnica pode acabar te surpreendendo com bons frutos. 

Como dissemos no fim do bloco anterior, há casos em que será necessário a ação medicamentosa, por isso, em algumas situações são prescritos:

  • antidepressivos: apresentam eficácia na melhora do humor 
  • analgésicos: podem aliviar as dores e desconfortos 
  • pílulas anticoncepcionais: além de prevenir uma gravidez indesejada ajudam a minimizar os sintomas da pré-menstruação. 

Os exemplos acima descritos fazem parte de uma gama muito maior de sinais emitidos pelo nosso corpo diante do quadro de transtorno disfórico pré-menstrual, contudo, listamos aqueles que comumente afetam a maioria das mulheres. 

Contudo, mesmo diante de todos esses obstáculos, dou graças pelo avanço da medicina, afinal ele nos proporciona várias maneiras de aliviar os sintomas dessa difícil fase. 

Como consigo descobrir se tenho disforia menstrual? 

Em primeiro lugar trabalhe o autoconhecimento, você precisa conhecer a si mesma e ao seu corpo. Perceba os sinais que ele emite. 

Sempre que estiver em um período próximo a menstruação anote os sintomas físicos e emocionais que puder perceber, caso se sinta à vontade, pergunte a alguém próximo quais diferenças observou em sua personalidade.

Às vezes não somos totalmente capazes de perceber sintomas e mudanças, por isso, se puder contar com uma ajudinha de terceiros ela deverá ser bem-vinda. 

Percebidas as alterações não deixe de destacar a intensidade e frequência com que ocorrem, feito isso, questione-se: “até que ponto esses sintomas me afetam?”

Quando souber responder essa pergunta saberá buscar ajuda. 

Por fim, não pense que está sozinha, muitas mulheres passam pela mesma situação e têm os mesmos sentimentos.

Logo, não é exagero seu, somos mulheres tentando lidar com alterações químicas mensais e isso, minha amiga, não é nenhum pouco fácil. 

Então, o que acha de conversar um pouco mais com nossa equipe sobre o que é o transtorno disfórico pré-menstrual e suas consequências para a qualidade de vida?