Conheça quais são os 5 tipos de violência contra a mulher 

Neste artigo você lerá:

  • O que é a violência contra a mulher
  • Quais são os 5 tipos de abuso
  • O que fazer quando se é vítima 

A persistência da violência contra a mulher na sociedade tem sido pauta em diversos veículos de comunicação. 

A razão disso? Somos um dos países que mais matam mulheres! 

De acordo com o ACNUDH (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos) nós ocupamos o 5º lugar no ranking do feminicídio. Para piorar a situação, o site G1, por sua vez, trouxe no início do mês de março deste ano um dado alarmante:

Em 2022, o Brasil bateu o recorde em feminicídio, vitimando uma mulher a cada 6 horas. 

Ou seja, as chances de uma mulher morrer, simplesmente por ser mulher, enquanto você lê esse texto, é grande. 

Mas, de onde vem tanto ódio em relação ao gênero feminino?

Uma das hipóteses está relacionada ao machismo estrutural, essa forma de violência tão enraizada em nossa sociedade tem suas bases na ideia de que a mulher é inferior ao homem.

Logo, teria menos direitos do que o sexo oposto.

Essa concepção não vem de agora, é óbvio, nossos maridos, namorados, avós e bisavós foram criados nessa dinâmica onde o feminino é visto como sinônimo de fraqueza e inferioridade. 

Contudo, não precisamos reproduzir esse modelo preconceituoso para as futuras gerações, podemos muito bem destruir algumas crenças que têm tirado a vida de tantas mulheres.

Porém, como fazer isso? Como combater a persistência da violência contra a mulher na sociedade?

Em primeiro lugar, eu diria que uma forma de reverter essa situação seria através da conscientização. 

Muitas mulheres não sabem que são violentadas de várias formas, algumas inclusive, acham que só existe violência física, infelizmente, o buraco é mais embaixo…

Os tipos de violência contra a mulher  e a conscientização 

Antes de falarmos sobre conscientização, precisamos esclarecer quais são os principais tipos de violência contra a mulher.

Afinal, é impossível conscientizar na ignorância.  

Já sabemos que o machismo é uma das causas do preconceito contra o gênero feminino e que a partir dele nasce a violência, mas e então, como sabemos quando somos vítimas?

Primeiro você precisa saber que a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) classifica em 5 tipos ou categorias a violência contra a mulher, são elas:

  • Violência psicológica;
  • Violência moral;
  • Violência física;
  • Violência patrimonial;
  • Violência sexual 

A partir disso, saiba que as formas de agressões variam, por isso fique atenta quando:

  • Você é impedida de ter sua crença: já ouvi o relato de muitas mulheres dizendo que seus parceiros as impedem de frequentar determinada igreja ou as proíbem de seguir religião X ou Y, muito cuidado, esse tipo de atitude se encaixa no âmbito da violência psicológica.
  • Acontecem humilhações e xingamentos: é constantemente ofendida ou menosprezada? Sofreu deboche em público? Isso te deixa com a autoestima fragilizada? No fundo você sabe que isso machuca, mas talvez não faça ideia de que isso está configurado como violência emocional  .
  • Suas fotos íntimas ou sua vida particular é exposta: essa forma de violência moral acontece quando ex-parceiros decidem expor suas ex-companheiras após um término por vingança. Não são poucos os casos em que a mulher tem fotos íntimas divulgadas para centenas de desconhecidos. 
  • Ele não te bate, mas esmurra a parede, joga objetos, aperta seu braço…: a violência física NÃO é apenas espancamento, qualquer ação realizada com a intenção de te machucar é motivo suficiente para uma denúncia. 

Violência Patrimonial

A denúncia de violência doméstica da comediante Lea Maria contra o atual ex-marido é um bom exemplo para explicitarmos melhor o assunto. 

Isso porque Lea, além de ter sido agredida física e emocionalmente, também afirma que o ex-cônjuge se apropriava do dinheiro dos shows da comediante. 

Controlar o dinheiro, reter documentos contra a vontade da mulher é uma ação de violência patrimonial que, assim como feito por Lea, deve ser denunciada. 

Violência Sexual

Não, violência sexual não é só estupro! Você se sentiu forçada a alguma prática? O cara não quis usar camisinha? Foi proibida de utilizar métodos contraceptivos ou foi forçada a praticar um aborto?

Se já passou por qualquer uma das situações descritas acima, você foi sim, vítima de abuso sexual. 

Como criar uma rede de conscientização para combater a violência contra a mulher?  

O combate à violência contra a mulher não é uma luta fácil, pois estamos falando de anos de abuso, porém, isso não é motivo para desistirmos, pois, mulheres que vieram antes de nós não se calaram diante das injustiças, estão aí as leis Maria da Penha e Feminicídio que não nos deixam mentir.  

Por isso, o silêncio não pode ser uma alternativa, a voz de cada uma de nós é fundamental para criarmos uma rede de conscientização e solidariedade. 

Lançar luz sobre o assunto é essencial. E foi isso que fez Tião Simpatia, um cordelista do interior do Ceará. 

Tião transformou a Lei Maria da Penha em literatura de cordel, assim, por meio da música, ele conseguiu alcançar mulheres de todas as idades. 

Simpatia foi convidado a apresentar seu trabalho nas escolas nordestinas com o intuito de levar de forma leve a tantas meninas e mulheres o assunto violência doméstica. 

Acho que sofro violência doméstica, o que devo fazer? 

Se você se identificou com qualquer um dos sinais que apresentamos ao longo do texto não tenha medo de procurar ajuda.  

Você pode procurar qualquer base da Delegacia da Mulher para prestar queixa, ou se preferir pode ligar para o 180.

A ligação é gratuita e atende todo o território brasileiro, o 180 é uma Central de Atendimento à Mulher, esse serviço, escuta, acolhe e encaminha aos órgãos competentes as denúncias de violência doméstica. 

Além disso, a central também fornece informações sobre os direitos da mulher.

Com tantas opções, não escolha o silêncio, ele pode custar a sua própria vida. 

Caso você tenha passado ou esteja passando por uma situação de abuso entre em contato com nossos profissionais, eles saberão orientá-la da melhor maneira possível. Só assim seremos capazes de acabar com  a persistência da violência contra a mulher na sociedade.