Quem é você? Como o autoconhecimento transforma?

Diariamente milhões de pessoas se olham no espelho e se perguntam: “Quem sou eu?” Sem respostas, essa é a maior angústia do ser humano – o autoconhecimento.  Dizia Emerson, um filósofo que viveu no século XIX, que “todo homem é uma divindade disfarçada”. 

Se isso é verdade ou não cabe a cada um decidir. Ou acreditar. No entanto, todos sabemos – apenas porque sentimos – que somos muito mais do que aparentamos, não importa o nome que se dê. 

E é em busca desse ser que habita em nós que partimos na viagem do autoconhecimento. Ou não é verdade que em alguns momentos de silêncio e de calma uma voz interior lhe diz que não só a vida, mas você mesmo é muito mais do que o que está vivenciando naquele instante?

Falar em autoconhecimento, em elevação da consciência, em transformação pessoal, é abrir inúmeras possibilidades. Todas, trafegando por caminhos diferentes levam, no entanto, a um mesmo propósito – alcançar a autorrealização e a felicidade. Não é essa, afinal, a nossa busca?

Mesmo quando colocamos objetivos como ganhar dinheiro é porque acreditamos que seremos felizes. Não é o dinheiro em si que buscamos, mas o que traz de bom. 

E o que é autorrealizar-se senão concretizar o potencial humano individual ao executar no mundo uma tarefa que realmente tenha significado e faça a diferença de alguma forma?

Sonhar, perseguir um ideal, saber que podemos… Isso leva diretamente a outro ponto – para realizar algo tenho que saber do que sou capaz. Tenho que tomar a corajosa decisão de me encontrar, de situar-me no mundo e dele participar. 

Trata-se, em poucas palavras, de ser quem sou. Parece redundante? Não se pode pensar que na maioria do tempo nos comportamos como a imagem que idealizamos, e não como quem somos na realidade. O que causa, é claro, grandes conflitos e tristezas. 

O autoconhecimento pressupõe que você olhe para dentro de si mesmo

  • e descubra os valores que determinam suas atitudes e comportamentos; 
  • conheça forças e fraquezas;
  • tenha certeza do que realmente é importante na vida; 
  • olhe para as coisas que acredita e pelas quais seria capaz de superar as maiores dificuldades; 
  • seja capaz de mudar a si para ser melhor com o outro;
  • se aproxime dos sonhos que acalenta e admita o que custa não os realizar; 
  • saiba o que lhe deixa feliz e como se sente em relação a isso… 

Cedo ou tarde a vida cobra respostas em benefício da felicidade. A ideia é partir já, de quem somos neste exato momento, para a pessoa mais consciente, mais realizada e mais elevada que temos o potencial para ser. 

Não somos condenados a viver com nossas imperfeições, mas torna-se necessário assumirmos a responsabilidade total pelo nosso estado atual – com todos os nossos anjos e demônios – e pelo estado ao qual desejamos chegar.

Trabalhar, ganhar dinheiro, formar família, trocar de carro, programar férias, ir ao cinema, passear, tudo isso é, sim, a base da vida. 

O que é possível encontrar além

  • Qual o sentimento que tem em relação a si mesmo e a tudo que faz? 
  • É capaz de sentir, dar e receber alegria genuína? 
  • Sua vida é plena e rica? 
  • Você precisa estar sempre correndo atrás de alguma coisa para aliviar sua ansiedade? 
  • Qual a sua contribuição para essa grande comunidade que se chama mundo? 

Há dezenas de perguntas que poderiam ser feitas, mas todas nos levam a um único lugar – à sua verdade interior, àquela plenitude que resulta da alegria, do entusiasmo, do ânimo, da coragem, do encontro único entre a paz e a excitação.  

Esse é o valor do autoconhecimento: saber tudo o que você é, o que pretende ser e aquilo pelo que, e para que vive. Parece impossível? Se fosse fácil não seria uma conquista!

Há ganhos e vantagens no autoconhecimento?

Por incrível que pareça, essa é uma pergunta recorrente, e merece um olhar acurado. Se não se conhecer, você pode ignorar seus defeitos e poupar sofrimento por não ter que lidar com eles, certo? Depende do ponto de vista. 

Muitas vezes a ignorância sobre si e seus valores proporciona bons momentos de prazer. Assim como pode trazer conflitos nunca reconhecidos. Como sentir falta do que não se conhece? Como sentir falta do calor se só se conhece o frio? A ignorância de si se contrapõe ao autoconhecimento.

Milhões, senão bilhões de pessoas, vivem assim. Se são felizes ou não, impossível saber. Não há nenhum mal nisso, a bem da verdade Cada um sabe de si:  não há vantagem nem em uma, nem em outra coisa – há a necessidade interior de cada um, a liberdade de ser como se é. Acima de tudo, há o livre-arbítrio. 

Ficar frente a frente com quem somos não é confortável. É tarefa árdua, e a maioria procura evitar este encontro. Entretanto, reconhecer e aceitar sentimentos, emoções e características negativas leva a outro patamar de consciência que conduz diretamente para a transformação. Para a mudança consentida!

Como saber se esse é o seu caminho

Não alimente a ilusão de que é obrigatório, nem que há como “evitar” o autoconhecimento a partir do momento em que toma consciência de que é um caminho para o desenvolvimento como ser humano, que depende de suas crenças e valores.

Se você é uma pessoa que se sente incompleta o tempo todo, um buscador de respostas para tudo, que vê a vida sob uma ótica não comum, com certeza se faz perguntas como:

  • Em que realmente acredito?
  • Qual a força que me move?
  • O que me faz levantar todos os dias?
  • Qual minha necessidade interior?
  • Consigo sentir alegria, plenitude e felicidade
  • O que vim fazer nesse mundo? 
  • Qual a minha missão de vida?

Você já parou para pensar que você se constrói nas relações com os outros, na maneira como se comporta em sociedade, no modo como interage com o meio ambiente? 

E em algum momento já se deu conta de que faz parte da humanidade, e que sua evolução pessoal é parte da evolução do planeta Terra? E que, portanto, é corresponsável no papel de criador de nossa realidade? 

Bem, e se você está neste momento criando uma realidade maior do que você, então é duplamente responsável pelo que faz da sua vida. 

O autoconhecimento é uma longa jornada que começa agora, exatamente do ponto em que você está. E que não termina nunca, pois somos seres em dinâmica mutação num caminhar constante.

Que tal procurar uma terapia holística para te auxiliar nesse processo? Mas, lembre-se: nada está parado, tudo muda. Você é capaz de movimentar forças poderosas que estão no seu interior. Para isso, conheça o seu potencial e determine onde quer chegar: estabeleça metas, coloque limites, comprometa-se com o seu crescimento. Prepare-se para esta maravilhosa viagem que é a vida.