Se você estivesse diante de um cenário onde precisasse fazer uma escolha entre ter o controle da situação ou simplesmente ser feliz, o que faria?
A pergunta pode parecer difícil. Mas, é bem grande o número de pessoas que preferem controlar as situações sem pensar em ser feliz e ainda se vangloriam por isso. As características em comum que elas têm estão ligadas ao autoritarismo: são fortes, decididas, partem logo para a ação e não desistem até alcançar o que se propõem.
Do ponto de vista da psicologia de Alfred Adler, são pessoas do tipo Dominante:
têm muita atividade, mas pouco interesse social – elas tentam lidar com os problemas da vida dominando-os.
Não é à toa que, não têm interesse social. Viver em sociedade pressupõe abrir mão do controle. As vezes, se colocando com empatia no lugar da outra pessoa e buscando ver o ponto de vista dela.
Você está errado e eu estou certo – isso é ser feliz?
É muito fácil enveredar por esse caminho para manter o controle, como se isso fosse possível. Porém, não é.
Primeiro, porque são poucas as verdades absolutas – como a Terra é redonda e gira em torno do sol – já que tudo depende do ponto de vista, dos costumes, da cultura, da educação, das condições intelectuais e financeiras.
Segundo, porque não há, absolutamente, controle sobre nada. Há apenas a ilusão de controle.
Se você prefere ter o controle a ser feliz, pense sobre as características que as pessoas do tipo Dominante têm em comum:
- comumente sentem-se traídas pelos outros;
- costumam ser infelizes nos relacionamentos, às vezes sem se dar conta;
- acreditam que os outros não fazem tão bem as coisas como elas;
- são centralizadoras e não gostam de delegar tarefa ou poder;
- alimentam uma competitividade exagerada;
- guardam ressentimento quando se sentem feridas;
- não criam laços profundos de amizade;
- sentem-se solitárias no amor, incapazes de criar conexão;
- detestam pedir ajuda.
Você se identificou com a maioria das características acima? Então, provavelmente, em algum momento de sua vida sentiu-se abandonado, traído, infeliz.
Ou experimentou essas emoções e sentimentos através de alguém próximo, que se sente reconfortado pelo poder e pelo domínio que acredita ter.
Posso dizer que conheço uma história exatamente assim, de uma pessoa que abriu mão de ser feliz para deter o controle: era como minha mãe.
Após um divórcio, há 30 anos, tendo que cuidar de duas filhas adolescentes e uma criança. Cheia de dívidas e sem apoio familiar. A maneira que encontrou para sobreviver naquele momento foi adquirindo o controle de toda a situação. Dominar.
Não, você não tem o controle. Então, busque ser feliz agora!
Ao tomar consciência de que a sensação de controle é uma ilusão, você pode buscar o equilíbrio e fazer a escolha de ser feliz.
- O primeiro passo é buscar um caminho para o autoconhecimento. Não é fácil, nem rápido. Enquanto isso, exercite sua mudança dia a dia:
- Aprenda a compartilhar. Tarefas, conhecimentos e conquistas podem ser muito mais prazerosos quando divididos
seja um bom ouvinte mostrando interesse sincero no ponto de vista dos outros – lembre-se de que temos uma boca e dois ouvidos por algum motivo. - exercite a empatia em vez de apenas simpatia. A diferença? A empatia significa entender a necessidade do outro; simpatia pode ser apenas pena.
- lembre-se de que a vida é finita e cada minuto é precioso. A melhor maneira de vivê-lo plenamente é na relação com o outro.
Aliás, Adler identifica outros três tipos em termos de grau de atividade e interesse social. Além do Dominante, há o Obtentor, que espera que lhe seja dado tudo que precisa.
Depois, o Evitante que, para não se sentir derrotado pelos problemas, simplesmente os evita. Logo, para ser feliz ele finge que não existem problemas.
O quarto tipo é o Socialmente Útil. Sempre ativo a serviço de outros, enfrenta as tarefas e tenta resolvê-las. Ou seja, as necessidades que o movem são as de outras pessoas.
Ajuda e empatia no caminho da felicidade
Voltando à minha mãe, ela conquistou, sim, equilíbrio financeiro. Criou duas filhas médicas e uma dentista. Mas, ao tomar consciência do alto preço que pagou por ser autoritária e querer manter o controle, foi mudando aos poucos.
Isso aconteceu conforme foi aprendendo a confiar mais, pedir e aceitar ajuda. Além disso, ter mais empatia e entender que nem tudo era do seu jeito, na hora que queria.
Hoje ela é mais feliz, é leve, amorosa e não se sente mais sozinha.
Aliás, você pode aprender tudo isso sozinho ou buscar a ajuda de um profissional. Alguém que o auxilie nessa busca – Eu, como Master Power, estou aqui para ajudar.
E aí, quer continuar sendo o dono da razão ou vai ser feliz? Só depende de você! Como diz a música ser feliz, do cantor Rael:
Vai buscar um lugar que possa ser feliz!
Keila Ferreira é terapeuta e trabalha com o Método Master Power e a Psicologia da Liderança na resolução de problemas ligados à autossabotagem, dificuldades de relacionamentos, baixa autoestima e dificuldades de tomar decisões e definir metas.