Nesse artigo você encontrará:
- O significado do termo quiet quitting.
- Por que investir na qualidade de vida dentro do ambiente de trabalho.
- Quais os sintomas da exaustão profissional e como combatê-los.
- A importância do investimento na saúde mental.
O termo “quiet quitting” ou em português “demissão silenciosa” vem ganhando um espaço cada vez mais significativo desde o início da pandemia.
Essa informação diz muito sobre esse conceito, contudo, daremos uma passo de cada vez.
Ao contrário da impressão que essa expressão possa causar, demissão silenciosa não está relacionada ao desligamento do colaborador.
Na realidade, o objetivo da quiet quitting é reavaliar a relação entre empregador e empregado.
Tomemos como pressuposto o fato de que a maioria dos brasileiros é empregado e não empregador.
Portanto, é muito provável que você que nos acompanhe esteja em uma relação de subordinação em seu atual emprego.
Por isso, te faço uma pergunta: você sente que sua relação com a empresa na qual trabalha ou com seu superior é equilibrada?
Que tipo de sentimento te domina quanto você pensa em seus afazeres como funcionária(o), sobrecarga, cansaço, estresse?
No Brasil temos o péssimo hábito de muitas vezes romantizar a exploração, em outras palavras acreditamos que é necessário “dar o sangue” pelo emprego.
Curiosa essa expressão “dar o sangue”, nela estão embutidos as horas que deveriam ser de descanso, lazer, estudo ou voltadas aos familiares, mas que por conta de nossa cultura muitas vezes abusiva são destinadas quase que exclusivamente ao trabalho.
O problema nessa dedicação excessiva ficou mais acentuado com a pandemia.
Nós, trabalhadores, éramos uma panela de pressão prestes a explodir, veio o isolamento e muitos por medo do desemprego se lançaram em jornadas exaustivas.
O resultado? Esgotamento físico e mental.
Boa parte de nós não aguentou o “baque”, os que não tinham nada desenvolveram doenças psicossomáticas, os que já tinham passaram a sofrer ainda mais.
O que estava ruim, piorou.
E é diante desse cenário caótico que surge a expressão quiet quitting dando um alerta: Calma, você não é uma máquina.
O quiet quitting e o desgaste mental: afinal, quem são os beneficiados?
Como mencionamos no trecho acima, nós, funcionários, acreditamos que devemos sempre estar disponíveis.
Contudo, esse tipo de comportamento tem suas consequências, e adivinha quem somatiza tudo? Nossa mente e nosso corpo.
Chega uma hora que somos cobrados por esses exageros, prova disso é a síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional que traz como principal sintoma a exaustão extrema pelo excesso de trabalho.
E as doenças psicossomáticas não se resume apenas à síndrome, também podemos listar:
- as crises de ansiedade;
- crises de pânico;
- depressão;
- estresse;
- insônia
Agora, até que ponto vale a pena sacrificarmos nossa saúde?
Tudo tem um preço e mais cedo ou mais tarde nosso corpo cobrará a conta.
Portanto, se você é funcionário chega de sacrifícios e anulações, você deve fazer o que foi contratado para fazer. Nada além disso.
Até porque sua vida não se resume apenas ao campo profissional.
Você precisa ter lazer, distrações, hobbies para conseguir se manter saudável física e emocionalmente.
E para você que é empregador e acredita que não há nada demais quando o funcionário fica até mais tarde na empresa ou leva trabalho para casa, afinal é tudo em prol do cumprimento das metas, tente refletir de acordo com a proposta do quiet quitting:
1º- Funcionário 100% dedicado é funcionário adoecido: nenhuma empresa gostaria de ter funcionários afastados por ausência de condição física ou mental.
2º- Seu colaborador trabalhará exaustivamente, porém insatisfeito: todos temos um limite, quando a demanda no trabalho começa a extrapolar os limites do aceitável é tendência e de que o trabalhador procure um outro emprego onde haja um ambiente mais saudável.
3º- Um verdadeiro líder se preocupa com o bem-estar de seus funcionários: o olhar de um líder deve enxergar primeiro o ser humano, depois o trabalhador.
Conheça 4 maneiras de evitar o desgaste de sua equipe
Você, empregador, que se preocupa com aqueles que trabalham em sua empresa precisa compreender que o quiet quitting apresenta diversas estratégias para combater o desgaste físico e emocional:
- De olho na carga horária: crie uma carga horária justa, reduza o tempo de trabalho se for preciso, o que no início pode parecer prejuízo a longo prazo significará o oposto.
- Salário mais justo: chega dessa cultura tóxica de diminuir e menosprezar o trabalho do outro reduzindo cada vez mais seu salário, dê condições dignas às pessoas que trabalham para você.
- Não negligencie e ofereça qualidade de vida: proporcione aos seus funcionários condições para que as demais áreas de sua vida como lazer, estudos e esportes não sejam deixadas de lado.
- Invista no ambiente de trabalho: garanta um ambiente de trabalho estruturado de modo que sua equipe possa voltar a sentir bem-estar trabalhando, e sim, isso é possível!
O equilíbrio entre corpo e mente é essencial para o funcionamento do indivíduo como um todo, se seu funcionário tem tempo para desfrutar de sua vida particular, sua saúde emocional será beneficiada.
Tendo isso em vista, jamais deixe de investir em uma cultura de igualdade na relação entre empregado e empregado, as chances dessa parceria justa dar certo são grandes.
Portanto, busque em sua empresa uma cultura de equilíbrio entre a relação de empregador e empregado.
Não faça de seu emprego a única fonte de sentido vital
Para o bem de sua saúde comece a olhar para suas necessidades com mais cuidado, todos precisamos trabalhar, mas nossa vida não se resume apenas a isso, não é à toa que existem diversas áreas que compõem o dia a dia de um indivíduo.
Para que sua carreira ande bem, invista um tempo em você, procure tratamentos, terapias, pratique exercícios, saia com os amigos e dedique um momento à família.
Não espere acumular dinheiro para poder ser feliz, afinal nossa única certeza é o agora.
Além disso, tenha em mente que para qualquer emprego somos substituíveis, já para aqueles que amamos não.
Portanto, não deixe seu trabalho te engolir e roubar anos de sua existência, permita-se e não se culpe por aproveitar a vida.
Sua psique agradece!
Então mão na massa, comece colocando os conselhos e estratégias de quiet quitting em prática, para isso, conte com a ajuda de nossos especialistas. Volte a viver com plenitude!