Quem não sente uma pontinha de angústia quando o final do ano se aproxima está vivendo o novo milênio de maneira errada. Deixando as brincadeiras de lado, falaremos sobre erros e acertos, sentimentos, projeções e depressão de fim de ano.
Para iniciar o assunto trarei minha experiência pessoal. Quando criança vivenciei por anos consecutivos as brigas dos meus pais nas festividades de final de ano.
Embora não compreendesse na época o que acontecia, meu corpo e mente registraram tudo, e o resultado não poderia ser outro:
Mesmo amando o clima natalino tenho severas crises de ansiedade, em muitos momentos fico angustiada e com medo de algo dar errado, e para ser franca às vezes me pego torcendo para tudo acabar logo.
Sei que não estou só, ouço vários relatos de pessoas que tiveram experiências diferentes da minha, mas que sentem o mesmo que eu.
Por isso, precisamos falar sobre esse tema que vem tirando o sono de muita gente: a depressão de fim de ano.
Buscamos ao longo de 365 dias forças para enfrentar diversas situações conflitantes, o problema é que quando nosso “prazo” para encerrar um ciclo vai chegando ao fim nossa energia também o acompanha.
A questão é que somos seres humanos e por isso, nos cansamos, mas em nossa rotina caótica não sobra tempo para descansarmos.
E é claro que esse caos inclui o período de natal e de ano novo.
Temos que nos preocupar com presentes, roupas novas, viagens, prazos que se encerram, nos cobramos por tudo o que fizemos e pelo que não fizemos no ano que termina.
Portanto, assim como você, eu também me pergunto se no meio disso tudo conseguiremos encontrar momentos de paz e felicidade.
Por isso, que tal continuar comigo para superarmos juntas a depressão de natal e ano novo?
Você sabe o que é e quais são os sintomas da depressão de fim de ano?
Crises de pânico, ansiedade, medo constante, cansaço excessivo, quando esses sintomas aparecem no final do ano, fique atenta, pois você pode estar sofrendo de depressão de natal e ano novo.
Contudo, fique tranquila, como já dissemos, você não está sozinha, muitas pessoas sofrem desse mal sem se dar conta.
A depressão de fim de ano pode ser caracterizada como uma tristeza profunda ou grande ansiedade que surge à medida que as festas de natal e ano novo se aproximam.
Agora, para que você tenha certeza se está sofrendo desse mal precisa prestar atenção aos sintomas:
- Preocupação constante: não temos nenhuma garantia do futuro, mas você está a todo momento preocupada, pensa na ceia, nas festas, na roupa que vai usar, no familiar que precisa visitar, no fim tem a nítida sensação de que não dará conta disso tudo.
- Angústia: seu peito aperta e se enche de temor só de pensar que o fim do ano está batendo à sua porta, a garganta dá um nó e a vontade de chorar te persegue em todo lugar.
- Pensamentos negativos: você até pode estar animada, mas os pensamentos ruins não te deixam em paz, a impressão é de que não importa o que se faça, algo sempre dará errado.
- Insônia e cansaço extremos: anda com dificuldades para dormir e se sente cansada na maior parte do tempo? Cuidado, pois esses podem ser sinais de que a depressão de fim de ano está consumindo suas energias.
Todos esses sintomas e sentimentos aparecem em decorrência de vários fatores, a pressão social, conflitos internos mal resolvidos, cobrança excessiva e comparações, entre tantos outros, a lista é infindável e o mundo no qual vivemos dificulta nosso processo de cura.
Mas, não perca a fé e continue com a gente, pois traremos dicas que irão te ajudar.
5 dicas para vencer a “bad” de final de ano
A depressão de natal e ano novo pode atingir qualquer um, independente de situação financeira, sexo, cor ou credo.
O que vai te diferenciar é a maneira como lida com ela, portanto, vamos às dicas:
- Pare com as cobranças: na hora do balanço geral não se culpe tanto pelas metas que não conseguiu cumprir ou pelos erros que cometeu, aprenda a se perdoar e a seguir em frente.
- Sem comparações: você está no lugar que deveria e cada um tem seu caminho, a grama do vizinho só aparenta, mas não é mais verde!
- Mantenha contato com pessoas que te fazem bem: é necessário se cercar dos amigos e familiares que fazem com que você se sinta em paz, gente caótica nesse momento só vai sugar ainda mais sua energia.
- Dinheiro é importante, mas não é tudo: eu sei que você queria fazer aquela viagem maravilhosa e dar os melhores presentes, mas, vivemos no Brasil, e cá entre nós, a situação financeira dos brasileiros não está muito vantajosa, por isso, cuidado com os gastos e não se culpe caso não consigo investir em presentes mais caros. O verdadeiro valor reside no carinho que doamos aos outros.
- Se possível não fique sozinha: a solidão nas festas de fim de ano contribui ainda mais para aumentar sentimentos de angústia e depressão.
A depressão de fim de ano pode até nos atingir, porém não podemos deixá-la como protagonista da situação.
Caso tenha passado por alguma perda recente é normal que essa época do ano te traga mais sofrimento, portanto, se achar necessário peça ajuda a um amigo ou profissional, só não desista de si mesma e da vida, que pode ser complicada, mas ainda assim é valiosa.
Acredite na superação!
A melhor maneira de superarmos traumas e medos é através do autoconhecimento, aprenda a conhecer e reconhecer seu pontos fracos e fortes, esse autocuidado te trará descobertas preciosas sobre si mesma.
E sempre que se sentir angustiada ou receosa, sempre que perceber que não está aproveitando o final do ano de maneira saudável lembre-se de que a única garantia que temos é do presente, o futuro não nos pertence.
Assim, procure encarar o dia de amanhã com boas expectativas, pense que a vida pode sim trazer coisas boas para todos nós.
Isto posto e para encerrar nosso bate papo, gostaria de deixar uma mensagem de um dos maiores cientistas do século XXI:
“[…] os buracos negros não são tão pretos quanto parecem. Eles não são prisões eternas, como se acreditava. As coisas podem tanto sair de um buraco negro por onde entraram,como possivelmente ir para outro universo. Então, se você sentir que está em um buraco negro, não desista – há uma saída.” (Stephen Hawking)
