Qualidade de vida: Você sabe o que é Síndrome de Boreout? 

Nesse texto você verá:

  • Qual o significado da Síndrome de Boreout.
  • Os fatores que desencadeiam esse distúrbio psicológico.
  • Quais as características de quem possui a Síndrome. 

O termo Síndrome de Boreout soa estranho? E se eu te disser que você até pode não saber o que é, mas é bem possível que já tenha vivenciado pelo menos alguns dos sintomas dessa Síndrome com nome, digamos, peculiar. 

Por isso, minha proposta é que conversemos ao longo desse artigo sobre esse distúrbio emocional. 

A expressão Boreout vem do inglês “boring” e quer dizer tédio.

Conhecida também como Síndrome do Aborrecimento, a Síndrome de Boreout acomete colaboradores de empresas ao redor do mundo. 

Sabe aquela sensação de desânimo no trabalho que muitas vezes é confundida com preguiça.

Pois é, essa falta de disposição pode indicar que sua saúde mental não anda bem. 

Esse esgotamento pode ser ocasionado por diversos fatores institucionais, falaremos sobre eles mais adiante. 

O funcionário que sofre com esse distúrbio apresenta apatia, desinteresse, além da falta de energia e entusiasmo no trabalho. 

Com essa baixa de sentimentos de prazer, o profissional sente um impacto negativo em sua saúde física e mental. 

O sentimento de não pertencimento relacionado ao local de trabalho é tão intenso que mina a produtividade e eficiência do colaborador. 

Ao contrário do que a maioria das pessoas imaginam, essa falta de entusiasmo não é “má vontade”, mas sensação de falta de reconhecimento. 

Agora, imagine como isso pode interferir em sua qualidade de vida. Se pensarmos que boa parte de nosso tempo passamos trabalhando, quando essa ação representa um fardo, o abalo mental é inevitável.

Com isso, nosso propósito de vida se esvai. 

Por isso, nas próximas linhas continuaremos falando sobre o que é a Síndrome de Boreout, suas causas e sintomas. 

Quais os fatores que desencadeiam a Síndrome de Boreout? 

Luísa é professora em uma escola particular de ensino médio há 3 anos. 

Sempre que propõe atividades diferenciadas para seus alunos, Luísa encontra diversas barreiras democráticas e de suporte. 

Por mais que Luísa se empenhe, percebe que está longe de seu alcance alterar um sistema que ao invés de facilitar o agir do colaborador, só dificulta. 

Aos poucos, Luísa começa a se sentir desmotivada, ela vai deixando de sentir prazer em práticas que em outros contextos a deixavam entusiasmada. 

E é nesse ponto da história de Luísa que surgem os primeiros indícios da Síndrome de Boreout, contudo, vamos primeiro, nos atentar aos fatores que desencadeiam o distúrbio: 

  • Competições internas muitas vezes estimulada pela própria gerência;
  • Condições limitadas ou precárias de trabalho;
  • Lideranças ineficazes e despreparadas;
  • Tempo ocioso; 
  • Ausência de organização institucional;
  • Falta de reconhecimento do profissional; 
  • Atividades vazias de sentido e repetitivas;
  • Falta de oportunidade de crescimento.

Os fatores são diversos e variam em grau e intensidade dependendo da empresa. 

As causas elencadas acima, nos levam à conclusão que enquanto na Síndrome de Burnout há a estimulação excessiva na Síndrome de Boreout ocorre justamente o contrário. 

O funcionário se sente tão insignificante que acredita que sua função não tem relevância. 

Embora sejam síndromes opostas, ambas comprometem não apenas o desenvolvimento do colaborador dentro da empresa, mas sua qualidade de vida. 

É importante destacar que o funcionário que apresenta esses sintomas está em sofrimento.

Por isso, a empresa precisa estar atenta aos sinais dados por sua equipe, é preciso empatia e consciência para notar que o funcionário não está “fazendo corpo mole.”

Mas, como perceber esses sintomas? Existem sinais comuns que são fáceis de serem notados, e o empregador precisa ter uma equipe de recursos humanos atenta a eles.

Portanto, se você é empregador preste atenção a lista a seguir. 

Como saber se meu colaborador sofre da Síndrome de Boreout? 

Pessoas que sofrem desse transtorno costumam apresentam três sintomas recorrentes:

1º Indiferença: Independente da área da qual falamos, sabemos perfeitamente que a indiferença é um dos piores sentimentos que há. 

Estar indiferente a algo é pior que odiá-lo. Até porque a indiferença corrói o interior daquele que a sente. 

Um funcionário indiferente faz o necessário, já perdeu a paixão pela profissão e não vê sentido em buscar novos caminhos. Faz o básico apenas para se manter empregado. 

2º Angústia: Se não há tarefas ou se as demandas destinadas ao colaborador não fazem sentido a ele é natural que se sinta aborrecido, angustiado e até deprimido. Nossas emoções sofrem grandes influências do mundo exterior, com nosso trabalho, ainda mais quando este não atende nossas expectativas, não foge à regra. 

3º Estagnação: Nesse aspecto não há avanço, ora, sem motivação é impossível caminharmos, o colaborador, portanto, fica limitado ao mesmo contexto sem vontade de realizar algo novo. 

É um eterno “daqui não saio daqui ninguém me tira”, o trabalhador, por sua vez, não consegue evoluir. 

Em busca de um propósito de vida: Como evitar o desgaste emocional dos colaboradores

1º Conheça seus funcionários: A diversidade dentro de uma empresa não pode ser um problema. Conhecer seus colaboradores é uma forma de impulsionar sua equipe. 

Quando se conhece os pontos fortes de cada funcionário, direcionar demandas passa a ser um processo menos tortuoso e mais assertivo. 

2º Fortaleça a comunicação: Toda empresa precisa fortalecer a comunicação entre sua equipe, sem ela fica impossível conhecer as dificuldades, os desafios e as vontades de cada indivíduo inserido no contexto de trabalho. 

Reuniões de feedback, por exemplo, podem representar um importante e saudável laço de diálogo. 

3º O cuidado com a saúde mental dos trabalhadores: Infelizmente, a saúde mental de muitos colaboradores ainda é negligenciada, algumas empresas consideram falácia quando o assunto é qualidade de vida. 

Contudo, esse tipo de posicionamento além de tóxico para o funcionário, acaba comprometendo o andamento do trabalho.

Por isso, investir em rede de apoio psicológico é tão necessário para o bem-estar do trabalhador e para o bom andamento de suas funções.

4º Organização: Estabeleça metas claras, organize sua equipe e sua empresa, isso irá direcionar de maneira eficiente os funcionários e suas tarefas. 

Se você se interessou pelo assunto e quer saber mais sobre síndrome de boreout e propósito de vida, converse com nossos especialistas e saiba mais detalhes sobre esse desgaste emocional que afeta tantos brasileiros.